31 de outubro de 2008

Anhanguera da Samba hoje

Quem samba fica quem não samba vai embora. Hoje tem Toninho Nascimento e Noca da Portela no Clube Anhanguera. Quem os acompanha são os Inimigos do Batente. A roda começa às 10 da noite e o clube de várzea, tão aconchegante, fica na Rua dos Italianos nº 1261, no Bom Retiro.

30 de outubro de 2008

Samba no Centro de Cultura Popular Consolação


A partir de hoje, e ao longo de todo mês de novembro, a roda de samba do Bula da Cumbuca irá se apresentar às quintas-feiras, no Centro de Cultura Popular Consolação. O samba tem início às 21h e o couvert artístico é de 8 reais.

A roda será formada por Paulinha Sanches, Paulinho Timor, Marcelo Homero, Cacá Sorriso, Edu Batata e To Be. O endereço é Rua da Consolação, 1901.

28 de outubro de 2008

Samba de Terreiro de Mauá tocando Cartola

Segue um vídeo da rapaziada do Samba de Terreiro de Mauá (alô Edinho, alô Marcelo) fazendo uma bela homenagem ao Mestre Cartola neste ano de Centenário do fundador da Estação Primeira.

No vídeo, eles tocam "Devia ser condenada", uma das raras parcerias dele com Nelson Cavaquinho e "Ao amanhacer", sem parceria.

24 de outubro de 2008

Homenagem a Marcelo Justo

Hoje no Ó do Borogodó terá uma roda de samba com os Inimigos do Batente e Samba Rahro em homenagem a Marcelo Justo, falecido recentemente. A renda será revertida para sua família.

14 de outubro de 2008

O Berro do Cabrito I

O Berro do Cabrito



Hoje, inauguraremos a seção “O Berro do Cabrito”, que nada mais é do que o Podcast do Couro do Cabrito. Ora com roteiro do meu amigo Fabrício Alves, o popular Boi, ora com roteiro meu, mas sempre com a produção e locução dele, o Duque da Voz.

Neste primeiro programa, teremos muitas brasas:

1 - Laços do amor (Velha da Portela - Zé Catimba) - Velha da Portela e Grupo Natal (1985)
Partido alto dolente do Grupo Natal acompanhada pela gostoso flauteado de Camunguelo.

2 - Identidade (Ederaldo Gentil) - Ederaldo Gentil (1983)
Faixe que dá título e abre o terceiro disco do poeta baiano. Verdadeira crítica social.

3 - O Caveira (Martinho da Vila) - Martinho da Vila (1973)
Martinho da Vila esbanjando cadência e divisão. Faixa que faz parte do disco “Origens”.

4 - Mano Décio ponteia a viola (Mano Décio da Viola - Waldemiro do Candomblé) - Mano Décio da Viola (1974)
Como todas as faixas do disco “Capítulo Maior da História do Samba”, este partido, parceria com Waldemiro do Candomblé, é de muita qualidade. Brasa!

5 - Samba pras moças (Roque Ferreira - Grazielle Ferreira) - Roque Ferreira (2004)
Sucesso na voz de Zeca Pagodinho, esta versão é versão do compositor, com um arranjo menos comercial (bem melhor).

6 - Deu cupim (Henricão - José Alcides) - Henricão (1980)
Samba dolente do compositor e intérprete paulista. Este é o único LP gravado em vida por ele.

7 - Conversa de malandro (Paulinho da Viola) - Zé da Cruz e Conjunto A Voz do Morro (1965)
Samba Sincopado de Paulinho da Viola (ele fez outros na época do Conjunto A Voz do Morro). Na interpretação, Zé da Cruz e seu batuque na palhinha.

8 - Não bula na cumbuca (Paulinho Timor) - Paulinha Sanches e Bula da Cumbuca (2007)
Samba de Paulinho Timor, jovem compositor paulistano, interpretado pela sensacional Paulinha Sanches, outro jovem talento da Paulicéia.

9 - Zé Ciumento (Aniceto do Império) - Aniceto do Império (1977)
Partido alto gravado no disco “Aniceto e Campolino”. Espetáculo!

10 - Samba do Irajá / Não foi ela (Wilson Moreira - Nei Lopes) - Wilson e Nei (1980)
Um samba melhor que o outro.

Roteiro, Produção e Locução: Fabrício Alves

11 de outubro de 2008

Cartola 100


"Cartola não existiu, foi um sonho que a gente teve" (Nelson Sargento)





Quem me vê sorrir (Cartola - Carlos Cachaça) - Cartola e pastoras da Mangueira (gravação de 1940)

2 de outubro de 2008

Voz do Morro (Geraldo Pereira - Moreira da Silva)

GRANDES BRASAS DA HISTÓRIA
Geraldo Pereira já era tão conhecido no asfalto quanto no morro. Seu nome já se encontrava estampado em diversos discos de 78 rpm, assim como em diversas partituras, vendidas nas casas musicais do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, em Mangueira, ele era um respeitado compositor da Estação Primeira.

Em 1942, ele lançou no terreiro um samba sobre a Praça Onze que logo contagiou a todos. No mesmo ano, no dia 1º de outubro, seu "parceiro" (entrava nas parcerias, mas não compunha nada) e intérprete Moreira da Silva gravou o tal samba, que se chamava "Voz do Morro" na Odeon. Em depoimento aos autores do livro "Um certo Geraldo Pereira" (Funarte). Moreira diz:

"Esse samba para mim é um desconhecido anômimo. Meu nome taí mas eu não me lembro desse A voz do morro de jeito-maneira nenhuma."

No começo do ano seguinte, saiu o disco e logo o samba já estava nas rádios.

Entretanto, existia uma política dentro das escolas de samba que dizia que apenas sambas inéditos poderiam ser cantados no terreiro. E quando o presidente da Mangueira, Angenor Mulatinho, e o mestre de harmonia, Cartola descobriram que o samba já tinha sido gravado, proibiram as pastoras de cantá-lo. Geraldo Pereira ficou aborrecido e passou a ir cada vez menos ao terreiro da Verde Rosa.

"Esse samba sobre a Praça Onze o Geraldo fez e trouxe para a Estação Primeira da Mangueira. O samba estava até pegando na quadra. mas aí descobriram no morro que o samba já estava gravado, porque estava tocando nas rádios. Como samba de quadra tinha que ser 'virgem'. Seu Angenor de Castro, que foi presidente da escola quatro anos, proibiu a execução do samba na quadra. O Geraldo ficou muito aborrecido, mas teve que cumprir a ordem. Naquele tempo, samba de quadra não podia ser gravado, era só da escola."
(Nelson Sargento)

Em 2006, Tantinho regravou a obra-prima.

Voz do Morro (Geraldo Pereira - Moreira da Silva)

Sabemos que já que já acabou a Praça Onze
E que as escolas de samba não saem
Mangueira, já participou a Portela
E esta retransmitiu para Salgueiro e Favela
Preparem seus tamborins
A Praça Onze Acabou mas ós temos onde brincar
Por isso não vamos chorar

Desce a Estação Primeira com seu conjunto de bamba
Portela e todas as escolas de samba
Mesmo sem Praça todos hão de ver
Que as escolas não deixaram de descer
A Praça Onze acabou mas nós temos onde brincar
Por isso não vamos chorar

1943 - gravado por Moreira da Silva em disco de 78 rpm - Odeon

2006 - gravado por Tantinho no disco "Memória em Verde Rosa" - Independente

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